Além da busca pela alta produtividade e as estratégias corretas de manejo, essa cultura tem um olhar ainda mais apurado nos valores previstos para o mercado e é assim que boa parte dos produtores escolhem as variedades que serão semeadas no campo. Para este primeiro semestre, o indicativo são as cebolas de dias curtos, com um ciclo de até 120 dias desde a primeira molha. Porém, para antecipar ou prolongar a data da colheita, é necessário optar por sementes de qualidade, como é o caso das variedades ofertadas pela Nunhems.
Em entrevista ao podcast “Da Central para o Campo”, o engenheiro agrônomo e representante técnico de vendas da Nunhems, Wênio Barbosa dos Santos, falou sobre as variedades de dias curtos, com destaque para três materiais da marca: Atacama, Dulciana e a Don Victor; que são cebolas brancas; e a Sofire, que é uma variedade roxa.
“Hoje, para nossa região, a gente trabalha com materiais de dias curtos, tanto para o primeiro semestre quanto para o segundo. E a gente vai falar agora de materiais para o primeiro semestre, por isso falamos de Atacama, da famosa 1205, Dulciana, da Sofire (Roxa) e vamos falar também da Don Victor, que é um material que veio para a região do Vale do São Francisco e para todo o Nordeste, e veio para ficar. É um material bem produtivo, que entrega muita produtividade e entrega pele também”.
A escolha de cada uma delas deve ser feita após o traçado das metas que o produtor deseja atingir com essa produção. “Tem materiais que vão ter um potencial produtivo muito grande, no caso da NUN 1205, só que é muito rápida. Então, o material da Atacama, que é um material que entrega um pouco mais de pele, já é um pouco mais tardia com cinco dias de diferença para a NUN 1205. Temos a Dulciana, que tem 10 dias de diferença, e também já entrega um pouco menos de pele do que a Atacama. E temos a Don Victor, como eu falei, que também é cebola branca, é um pouco mais tardia, mas entregará pele. Se o pessoal deixar que ela tenha um descanso ali, ela cria muita casca, cria bastante pele. Hoje, é estratégico. Se o produtor quiser, pode plantar todas no mesmo dia, pode irrigar todas no mesmo dia e pode colher todas no mesmo dia também. Assim como pode colher em épocas diferentes, porque uma sempre sai primeiro do que a outra”, explicou.
A previsão de colheita, segundo Wênio, é de 90 dias com a NUN 1205, a Atacama pode ser colhida de 100 a 105 dias, a Dulciana tem um ciclo varia de 105 a 110 dias e a Don Victor pode ser colhida entre 110 a 115 dias após a primeira molha.
O produtor de cebola do Projeto Salitre, em Juazeiro, Waldemar Castro da Cruz Filho, falou sobre a sua experiência no cultivo das variedades ofertadas pela Nunhems. Ele destacou a importância da formação da casca para manutenção da qualidade do produto. “A casca (pele) ajuda a evitar os danos mecânicos em questão de carregamento, máquinas. Quanto mais casca tem, você chega do campo com uma cebola com bastante casca, passa pela máquina, ela causa menos danos mecânicos. E quando tem menos pele, começa a aparecer uma manchinha. Até mesmo se ficar muito exposta ao Sol, quanto mais pele ela tem, não mancha tanto a cebola.”
De acordo com Waldemar, ainda mais determinante que as características da variedade, está o comportamento do mercado na escolha do cultivar. “Cada variedade tem um tempo. A 1205 mesmo, que é a mais precoce, eu já colhi com 85 dias. Mas também já cheguei a colher com 120 dias. E isso tem muito a ver com a questão do mercado. É uma cebola obtida pela semente da Nunhems , que aguenta bem e dá para fazer esse manejo. Tanto para antecipar quanto para atrasar sem perder qualidade. O preço hoje está a R$ 140, eu vou esperar mais 25 dias para colher uma cebola e esperar o quê? Eu antecipo. Mas, de repente, o preço hoje está a R$ 10. Não tem mais o que perder. Então vamos deixar no campo e prolongar um pouco mais o ciclo dela.”
Porém, o produtor faz um alerta em relação à qualidade do material escolhido para cultivo. “Tem outros materiais em que você não consegue antecipar para 105 ou 110 dias porque ela ainda não está pronta. O caule ainda está grosso, o bulbo ainda está crescendo, não tem como antecipar. Já os materiais da Nunhems têm essa vantagem, o caule já é fino, já ajuda muito. Quando você arranca a cebola, ela logo murcha, facilitando todo o manejo de corte.”
Parceria Nunhems e a Central de Adubos
A Nunhems é a marca comercial através da qual a BASF oferece sementes de frutas e hortaliças. Na região Nordeste, a cebola traz as maiores demandas deste material, mas também há avanços significativos com as sementes de melancia e melão. E, nesses êxitos, a parceria com a Central de Adubos tem uma grande contribuição. “Na verdade, o processo de capilaridade é muito importante para diversos tipos de ações, de cultivos, assim como, também, de produtos como adubos, foliares, defensivos. Então, esse processo de capilaridade é muito importante e a Central de Adubos tem esses braços, ela tem um processo de capilaridade muito grande. Então, essas oito lojas, em diversos estados do Nordeste, nos servem para chegar mais rápido ao produtor, para levarmos mais tecnologia, mais inovação, mais produtividade ao produtor”, reforçou Wênio.