Drone de pulverização agrícola usa sistema de reabastecimento automatizado

A Model Works, uma startup sediada em São Carlos, no interior paulista, desenvolveu um novo drone especialmente projetado para a pulverização de insumos agrícolas, trazendo consigo uma série de vantagens em comparação aos métodos tradicionais de aplicação de defensivos nas lavouras.

Esse equipamento inovador possui um gerador movido a combustível líquido a bordo e conta com um sistema de reabastecimento automatizado, o que aumenta significativamente sua autonomia e permite a pulverização eficiente tanto em áreas extensas quanto em focos pontuais. Isso resulta em uma economia de tempo e insumos ao mesmo tempo em que reduz os custos e minimiza os impactos ambientais.

De acordo com o engenheiro Henrique Moritz, um dos sócios-fundadores da empresa, a Model Works recebeu apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp para o desenvolvimento do conceito e dos protótipos desse instrumento revolucionário e da plataforma de abastecimento associada.

“Nosso objetivo é resolver um problema importante para nosso cliente final, que é o produtor rural. Hoje, quase toda a pulverização agrícola é feita por tratores e aviões. Os dois métodos possuem vantagens, mas também apresentam sérias desvantagens que poderão ser superadas com o uso do drone”, diz Moritz.

Vantagens

Segundo ele, o uso de aeronaves apresenta a vantagem de abranger rapidamente vastas áreas, porém não oferece controle preciso da operação, requerendo a pulverização generalizada de defensivos. O que frequentemente resulta em desperdício de recursos e impactos ambientais significativos. Adicionalmente, o custo de cada voo é elevado.

“Os tratores, por outro lado, têm a vantagem de permitir uma aplicação localizada dos defensivos agrícolas. Como passam lentamente sobre a plantação, é possível pulverizar apenas as áreas necessárias, economizando insumos. Porém, o trator produz o amassamento da plantação, o que causa uma perda de produtividade da ordem de 4%, dependendo da máquina. Além disso, chuvas podem impedir a operação, por risco de atolamento do trator”, explica.

O uso do drone, segundo Moritz, elimina as principais desvantagens dos dois métodos. É possível ter um controle total da velocidade de pulverização, sem amassar a plantação, espalhando os insumos de forma localizada e precisa ou em grandes extensões. Além disso, a operação pode ser feita independentemente das condições meteorológicas, com solo úmido.

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