No início do mês, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a suspender as linhas de nove programas de crédito rural alegando um nível elevado de comprometimento dos recursos. O aviso veio um dia após o BNDES reabrir os protocolos de 14 programas, com R$ 2,9 bilhões.
De acordo com informações, a liberação do crédito rural alcançou cerca de R$ 222,8 bilhões em sete meses do atual plano safra, sendo que os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 136,6 bilhões e os investimentos totalizaram quase R$ 60 bilhões. A região Sul continua com o destaque nos financiamentos do plano safra com R$ 75,3 bilhões.
Levando em conta as linhas suspensas pelo BNDES, elas são o Programa Crédito Agropecuário Empresarial de Custeio; Linhas de Investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Investimento); Pronaf Matrizes e Reprodutores; Pronaf Tratores e Colheitadeiras; Pronamp e Programa ABC+. Além desses, também foram suspensas o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA); Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) e Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro).
Como visto, pode-se dizer que os pequenos produtores são os mais afetados por essas suspensões, já que a maioria é Pronaf, destinado à agricultura familiar. Com isso, os pequenos e médios produtores rurais ficam limitados a fontes de créditos convencionais, como as disponibilizadas pelas grandes instituições financeiras nacionais.