Operações apreendem quase mil toneladas de pesticidas ilegais

Mais de 900 toneladas de pesticidas ilegais foram apreendidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O flagrante ocorreu durante a Operação Hórus, do Programa Guardiões das Fronteiras. Na oportunidade, foram apreendidas 747,2 toneladas (kg/litros) de produtos que entraram ou saíram de forma irregular no país ou foram falsificados ou proibidos no Brasil.

Somando com a Operação Controle Brasil (178 toneladas), ocorrida durante três meses em 2022, a apreensão de agrotóxicos contabilizou 925,2 toneladas.

Do total de 747,2 toneladas apreendidas pela Hórus, a maior parte foi nos estados de Goiás (411,8 toneladas), Rio Grande do Sul (137,3 toneladas) e Mato Grosso do Sul (89 toneladas), respectivamente.

Deflagrada para impedir a entrada irregular de cigarros, bebidas e insumos agrícolas nas fronteiras do país, a Controle Brasil contou com apoio da Operação Hórus que, entre outras contribuições, apreendeu 78 toneladas de pesticidas do total de 178 toneladas.

Investigações

As apreensões de agrotóxicos, aliadas aos conhecimentos adquiridos com os cursos, palestras e reuniões, ganharam corpo e se consolidaram de tal forma que a Polícia Civil do Rio Grande do Sul encabeçou uma investigação que envolveu mais dois estados (Paraná e Bahia) para desarticular uma organização criminosa que vendia e falsificava produtos proibidos no Brasil.

As investigações se iniciaram após o mapeamento de organizações criminosas, identificadas durante as operações Hórus e Controle Brasil, ambas coordenadas pelo MJSP e executadas por forças de segurança estaduais e federais.

Foi verificado que, em 2022, num período de oito meses, o grupo já havia movimentado mais de R$ 25 milhões em contas bancárias de “laranjas”.

Além disso, um estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indicou que o Rio Grande do Sul se tornou uma porta de entrada de agrotóxicos ilegais fabricados na China e na Índia.

O levantamento também apontou que estes produtos entravam em território brasileiro pelos países vizinhos da Argentina e Uruguai. Daí, a iniciativa do MJSP, em prover o suporte necessário à Polícia Civil do Rio Grande do Sul, integrando outras instituições que pudessem contribuir com o trabalho investigativo para desmantelar o grupo criminoso.

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