Na Bahia, produtores monitoram o desenvolvimento do algodão diante dos desafios climáticos

Com olhos atentos voltados para o campo, os produtores de algodão na Bahia monitoram o desenvolvimento do produto, cuja semeadura foi finalizada oficialmente no dia 10 de fevereiro, mas que, agora, enfrenta os desafios do clima encontrado na região oeste, que concentra 98% das lavouras do estado.

De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o plantio da temporada 2022/23 ocupou 305,2 mil hectares, dos quais 299,2 mil estão naquela região. Nesse cenário, os produtores têm se deparado com tempo firme e temperaturas elevadas, o que acarreta a queda de umidade do solo. Consequentemente, as lavouras em desenvolvimento podem acabar prejudicadas.

A Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia também monitora e, de acordo com o último boletim divulgado, nuvens instáveis estão sobre a região e há previsões com volumes de precipitação entre 10 e 24 milímetros (mm). O volume acumulado em fevereiro somou 42,8 mm.

No Brasil, a produtividade do algodão nesta temporada está estimada em 1.912 kg de algodão beneficiado (pluma) por hectare. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o país exportou 34,7 mil toneladas de algodão até a terceira semana de fevereiro, com média diária de embarque 69,5% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, os produtores baianos devem se manter otimistas em relação ao desenvolvimento das lavouras. Para ele, o trabalho de plantio no estado tem se desenvolvido ano após ano. “O produtor fez uso de toda a tecnologia ao seu alcance para mitigar o risco climático e incrementar a qualidade da fibra”, diz o dirigente da Abapa. “As decisões de plantio, que já são tomadas com muito critério, foram ainda mais apuradas neste ciclo, onde cada ganho que se alcança em produtividade e valorização do produto vai fazer a diferença“, avalia.

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