Manejo híbrido de químicos e biológicos traz mais eficácia no controle de pragas

O mundo agrícola vive hoje uma nova transformação: a expansão do uso de produtos biológicos em complementaridade a produtos químicos. Essa nova fase da agricultura é pautada pela combinação da busca por novos incrementos de produtividade e novos padrões de sustentabilidade exigidos pela sociedade e desejados pelos agricultores. Em entrevista ao podcast “Da Central para o Campo”, o especialista em BioRacionais da Sumitomo Chemical, Leonardo Moraes, detalhou o manejo híbrido que tem apresentado resultados cada vez mais satisfatórios no controle de pragas.

“O manejo híbrido é a associação de um produto biológico, que é zero resíduo – um produto extremamente limpo, seguro – com um produto químico que tem uma ação de choque, uma ação efetiva mais imediata. Então, a gente consegue fazer esse manejo administrando o que é necessário para o campo, de uma forma mais livre de resíduo, de uma forma mais limpa e segura”, definiu. 

Sendo assim, o produtor consegue aproveitar o melhor das duas tecnologias, aumentando a durabilidade das ações desejadas. “O produto de choque, ou seja, o produto químico, tem menos residual, menos tempo de ação contra aquela praga. E quando você faz a inserção de um produto biológico dentro desse manejo, consegue quebrar o ciclo da praga e ter uma extensão de residual de controle muito maior. Além disso, nos possibilita o uso dos produtos biológicos no final dos ciclos, onde há as limitações por causa dos resíduos. A gente pode usar, sim, um manejo híbrido sustentável com produtos biológicos, como o Dipel e o XenTari, para o controle de lagartas, tanto na uva quanto na manga e no tomate”, explicou, listando dois integrantes da linha de BioRacionais da Sumitomo Chemical.

Segundo o especialista, o uso associado dessas tecnologias quebra a resistência adquirida pelas lagartas aos produtos químicos porque a ação diferenciada dos biológicos abre caminho para a erradicação eficaz das lagartas. “O produto biológico age de forma mais racional, ele age diferente no mecanismo de ação. Por exemplo: o XenTari e o Dipel agem diretamente no trato digestivo da lagarta e o produto químico, geralmente, é um produto de choque que age de contato. Assim que ele atinge a lagarta, causa um dano. Só que a lagarta tem uma capacidade de resistência muito forte, então ela se bloqueia e aquele produto químico começa a não ter mais ação. E, quando se trata de um produto biológico que é ingerido pela lagarta, ele destrói seu trato digestivo e ela não tem a capacidade de restabelecer”. 

Com os argumentos apresentados, Moraes destacou, ainda, que o consórcio de produtos químicos e biológicos pode garantir muito mais resultados nas lavouras. “A inserção de um produto biológico como o XenTari no tomate ou o Dipel em Uva faz com que a cultura tenha muito mais sustentabilidade e o produtor vai enxergar isso, com o passar do tempo, de forma cada vez maior”. 

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