A atuação do fenômeno La Niña deve persistir, pelo menos, até fevereiro de 2023, com probabilidade de 70%. A informação foi publicada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Caso a previsão se confirme, será o terceiro verão (hemisfério Sul) consecutivo sob influência do fenômeno, algo que ocorreu pela última vez entre 1998 e 2001.
O evento atual do La Niña teve início em setembro de 2020, atingindo a categoria de evento moderado em alguns meses de 2021.
Em outubro e novembro de 2022, os valores de anomalia (diferença entre o valor previsto e a média) da temperatura da superfície do mar (TSM) foram de -0,85°C e -0,93°C, respectivamente, permanecendo na categoria de intensidade fraca.
Mas, segundo os modelos de previsão de TSM, há grande probabilidade de que o Pacífico Equatorial entre em uma fase de neutralidade no trimestre fevereiro-março-abril.
La Niña
O La Niña é um fenômeno oceânico caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando os regimes de temperatura e chuva em várias partes do globo, incluindo a América do Sul.
No Brasil, durante eventos do La Niña, quase sempre é observado um crescimento dos volumes de chuva nas regiões Norte e Nordeste e chuvas abaixo da média na Região Sul, além de uma ligeira diminuição nos valores de temperatura no Sudeste e Sul.
Mais informações sobre o fenômeno La Niña e a previsão climática para os meses de dezembro a fevereiro estarão disponíveis no boletim agroclimatológico, que será divulgado pelo INMET em 12 de dezembro.