Além de mais atrativa, a coloração das uvas traz muito mais do que a beleza ao fruto. Maturada da forma correta, a fruta apresenta mais sabor e até firmeza do cacho. O assunto foi debatido no episódio mais recente do podcast “Da Central para o Campo”, que abordou o tema “A importância e ferramentas para a melhoria da coloração de uvas de mesa”.
De acordo com o consultor em viticultura, Jadielton Lubarino, uvas de tonalidades vermelha, negra ou lilás têm a presença das antocianinas. Trata-se de um antioxidante poderoso que promove a ação anti-inflamatória no corpo. Porém, apesar de a pigmentação ser um processo natural, a produção em larga escala traz a necessidade do uso de reguladores de coloração para uniformização da cor.
“Quando você tinha as primeiras safras de uvas, com proatividade de cinco, seis, oito ou 10 toneladas por hectare, elas conseguiam fechar seu ciclo de coloração sem depender de nenhum arranjo nutricional ou um arranjo de nenhum regulador vegetal, porque com aquela carga de frutos, a planta conseguia produzir algumas enzimas ativas, em relação a questão hormonal, e conseguia acelerar essa maturação. Só que com o passar dos anos, principalmente no final da década de 90 e início da década de 2000, a gente tem novos materiais, áreas com maior produtividade. Por isso, com a carga que é produzida, se você não fizer nenhuma intervenção com algum aparato nutricional, uma estimulação ou até mesmo um regulador de crescimento, ela terá uma coloração, mas não será a desejada pelo mercado consumidor”, ressaltou Lubarino.
Mas a influência não está apenas na aparência. “Ela perde todas as características que o mercado exige. E uma coisa interessante é que o ponto ideal da coloração também indica uma fruta com seu sabor e seu aroma bem superiores do que uma fruta que não fecha bem a cor. Então, por isso é importante, quando um produtor coloca dentro do seu planejamento, que opta pelo cultivo de uma variedade de cor, ele já tem que preparar, dentro do seu manejo, ferramentas para quando essa fruta chegar no momento de coloração e de colheita, atender com maior porcentagem possível, o melhor padrão que o mercado deseja”, acrescentou Lubarino.
André Ferraz, coordenador de desenvolvimento de mercado da Aminoagro, corrobora com essa afirmação. “Ao acompanhar a coloração, tem outros fatores envolvidos no processo. Um deles, que é muito importante, é o brix. Há também a redução do degrane dos cachos. Se você não tiver um controle adequado, pode ter sérias perdas na sua área. Tem um limite que os profissionais, os experts das áreas, colocam: o limite em torno de 5% de degrane. Acima disso, já há prejuízos do ponto de vista econômico. Então, esse produto vai ajudar a uva a chegar no ponto de coloração adequado, com um brix satisfatório e, além disso, com um nível de degrane próximo a zero. Em algumas situações, até zerado”, explicou.
Ferramenta
Como já foi possível constatar, os produtos de coloração trazem diversos benefícios a todo processo de produção. Diante disso, a Aminoagro apresenta a ferramenta Aminoagro Coloração. Com a aplicação feita por via foliar, o produto tem ação rápida e benefícios comprovados.
“As uvas de cor têm um desenvolvimento bem definido da coloração dos frutos e tem um timing ideal, que é por volta dos 20% dessa maturação. Um técnico de área tem essa expertise de identificar quando está, mais ou menos, nesse percentual. E aí, quando atingir, mais ou menos, os 20% de coloração de frutas, numa média geral da área em observação, vai começar as aplicações do Aminoagro Coloração para atingir esse objetivo. São aplicações foliares, por volta de três a quatro aplicações, com uma programação de uso, mais ou menos, uns seis litros e você vai dividir isso num intervalo de quatro a cinco dias. Porque neste momento de coloração, o fruto é o maior dreno. Então, estão muito acelerados todos os processos que estão acontecendo e o estímulo tem que ser num timing bem curto”, finalizou Ferraz.
