Porta-enxerto de tomate pode proteger planta de doenças do solo

Uma das principais doenças de solo que ataca os tomateiros é a murcha bacteriana, causada pela bactéria Ralstonia solanacearum. Ela traz sérias implicações epidemiológicas e consequências econômicas em campos comerciais de cultivo de tomate. Como uma alternativa para proteger a planta e aumentar o vigor e produtividade da lavoura, os agricultores começaram a utilizar o porta-enxerto.

“O uso de porta-enxertos comerciais no cultivo de tomates tem se popularizado por conferir ganhos à lavoura. A enxertia – como é conhecida a técnica – é um método de propagação que consiste na fusão dos tecidos de duas plantas diferentes, cuja finalidade é explorar as características desejáveis de cada uma”, explica Daniela Augustinho, gerente de marketing da Seminis.

“De uma forma geral, a parte inferior (porta-enxerto) contribui com as raízes e é responsável pelo suporte da planta, pela absorção de água e nutrientes e pela adaptação às condições de solo e substrato”, diz.

Para conter a propagação da doença nos tomateiros, uma medida de alta eficácia é a utilização de porta-enxertos de tomate com elevada tolerância a determinados biovares da Ralstonia solanacearum, que é conhecido por ser um patógeno habitante do solo, persistindo por vários anos, e que apresenta grande diversidade genética, bioquímica e de virulência. A bactéria penetra a planta a partir do sistema radicular por meio de feridas ou aberturas naturais, que acaba levando a planta à morte.

Recomendações de plantio

  • Não transplantar em horários muito quentes;
  • Procure retirar as mudas da bandeja segurando pela parte do cavalo (porta-enxerto);
  • Cuidado para separar as folhas entrelaçadas entre as mudas;
  • Evite fungicidas e inseticidas conhecidos como vacina (podem causar intoxicação e comprometer a muda);
  • Não aplicar muitos fertilizantes em cobertura, no início;
  • Fazer o estaqueamento de imediato, utilizando haste firme, para assegurar melhor desenvolvimento ou fitilho na lateral;
  • Não chegar terra no pé da planta (amontoa);
  • Evitar deixar as folhas da copa encostarem no solo;
  • Evitar fechar muito a copa, pois ela pode soltar raiz aérea;

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