No mês de dezembro, a segunda parte da safra de inverno de tomates perdeu força e a colheita da temporada de verão, 2022/23, começa a se intensificar, ainda lentamente. A expectativa é de que a quantidade de tomates colhidos nas praças de verão atinja o pico entre janeiro e fevereiro de 2023.
A oferta se mantém menor em comparação ao que ocorreu no decorrer do segundo semestre e, por isso, os preços subiram frente a novembro, permanecendo acima dos custos de produção.
Entre as praças de inverno que colheram em dezembro, apenas Paty do Alferes (RJ) deve prosseguir com as atividades até o início de 2023, mas, já quase, finalizando a safra. Sumaré (SP) e Araguari (MG) já haviam encerrado a safra na primeira quinzena e, se houve alguma oferta na segunda, o volume não foi expressivo.
As chuvas frequentes em dezembro, combinadas às altas temperaturas, favoreceram o aumento dos casos de bacterioses e culminaram em problemas de qualidade. Com isso, alguns produtores da safra de inverno optaram por antecipar o final da colheita em alguns dias. Os problemas relacionados ao clima, também, já prejudicam as praças de verão. As regiões de Itapeva (SP) e Venda Nova do Imigrante (ES) registram produtividade abaixo do esperado nas primeiras lavouras colhidas, principalmente devido à alta umidade. Praças do Sul são exceções: Caçador (SC) está com perspectivas positivas para essa safra, já que o clima está favorecendo a boa sanidade das lavouras e a colheita, que deve começar em janeiro de 2023, tende a ter bons resultados produtivos.