O produtor que faz bem o dever de casa sabe que manejo fitossanitário não pode parar. Ainda mais com alternâncias de dias quentes e período chuvoso. Na edição deste sábado (1°) do podcast “Da Central para o Campo”, o tema “Ferramentas para o manejo de doenças de plantas” caiu como uma luva neste contexto.
Na ocasião, a CTC da empresa UPL, Silvana Rabelo, falou sobre o conceito de doenças em plantas e suas consequências. “Trata-se do mau funcionamento das células e tecidos a partir de algum fator biótico ou abiótico. Normalmente, a gente coloca as doenças na conta dos fungos, bactérias, nematoides ou vírus. Entretanto, há fitopatologistas que também apontam para as consequências do estresse na planta, seja por excesso de chuvas ou seca, como uma doença, porque as células e, consequentemente, os tecidos acabam tendo um mau funcionamento também”.
Na mesma linha de raciocínio, ela ampliou o conceito de praga, muitas vezes restrito aos insetos. ” Fungos e bactérias podem ser classificados da mesma forma”, apontou.
O manejo preventivo, além de evitar o avanço de pragas e doenças, também previne as oscilações do mercado, causadas pela influência climática. Como exemplo disso, Silvana citou o caso do melão. É que, segundo a especialista, as últimas precipitações anteciparam as colheitas, o que ocasionou o aumento da oferta e, por isso, houve uma queda no preço da fruta.
Ciente deste cenário, a UPL reforça a eficiência do Kasumin, um fungicida bactericida de rápida absorção, resistente à lavagem. Sua ação penetrante tem efeito preventivo e curativo. “É sistêmico, ou seja, com a aplicação feita na folha é possível chegar à raiz, porque ele atravessa toda a planta, consegue ‘andar’ até chegar à raiz. Kasumin tem essa versatilidade e, quando falamos no manejo de bactéria, os produtos utilizados, em sua maioria, não são seguros. Então, casa muito bem com as necessidades do produtor”, detalhou a especialista.
Dentre as culturas para as quais tem registro, o Kasumin pode ser aplicado nas lavouras de ciclo curto, como a cebola, melão, melancia e tomate. “As bacterioses são mais graves nas culturas de ciclo curto. Tem melão de 70 dias, imagine uma vida entre a semente e a colheita, onde cada turno é muito importante. Então, os tomateiros, ceboleiros e a turma do melão têm que morar na roça porque cada segundo é importante naquele ciclo. Então, essas culturas, e podemos incluir a abóbora, que é um pouco de bactéria também, portanto, elas são bem críticas para bacterioses”, alertou.
No caso do melão, ela ainda reforçou que a prevenção começa desde a escolha da semente, principalmente na prevenção da bactéria acidovorax (mancha aquosa). ” Às vezes, esse patógeno já vem na semente porque há a transmissibilidade. Se está no fruto, passa para a semente. Por isso, é muito importante verificar a origem da semente, comprá-la de uma empresa certificada, porque o campo de produção de sementes é muito diferente do campo normal de produção do fruto. São muito mais rigorosos no manejo. Então, quando a bactéria está latente na semente, quando vai para o campo e pinta o triângulo da doença, que é hospedeiro, clima e patógeno, a doença se transforma em epidemia e será igual para quem está plantando no [Projeto] Nilo Coelho ou no Salitre”. Além do Kasumin, a UPL traz uma novidade para os produtores de uva. “Unizeb glory é uma evolução do Manzate. Ele é usado no controle de doenças foliares, mas a novidade é que ele obteve registro para a cultura da uva no controle de antracnose e é mais uma opção para o produtor. Já tinha o registro para antracnose na manga e agora foi possível estender para a antracnose da videira, diante da necessidade. A antracnose é um nome comum, mas na região é conhecida como “glomerella”, revelou, apontando que o produto tem sua eficiência comprovada no combate às manchas de tomate, antracnose da manga e atua bem na cultura da cebola.