Com um grande destaque para a agropecuária, o cooperativismo brasileiro deve movimentar cerca de R$ 600 bilhões no ano de 2023, de acordo com Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e titular da Academia Nacional de Agricultura da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA). O agro deverá receber de 60% a 65% desse valor.
“Apesar das dificuldades e dos custos das linhas de financiamento, devemos manter o nível de investimento acelerado, capaz de atender a demanda crescente do setor agropecuário em infraestrutura, indústria e logística”, disse Lopes. “Devemos fechar o ano com crescimento em todos os setores de atuação. O número de cooperados aumenta e deve atingir os 19 milhões. Quando consideramos os familiares, estamos tratando de quase 60 milhões de pessoas envolvidas com este nosso negócio, presente em todo território nacional e, principalmente, no interior”, completou.
Nesse contexto, o executivo aposta na continuidade do “ritmo de crescimento e prosperidade, apesar das incertezas causadas pelo momento político e mudanças de cenário que se avizinha. Há dúvidas sobre os novos rumos da economia com mais influência e interferência do estado na economia e, interferência política, sobre os rumos do país. Mesmo assim, mantemos o ânimo”, disse o presidente da OCB.
“Sabemos que temos custos de produção elevados. Preços de insumos e taxas de juros vão tirar muita margem do setor que vai precisar de competência gerencial pra manter o desempenho. Mesmo assim, mantemos o otimismo e faremos de 2023 mais ano de prosperidade para a nossa gente do Coop”, concluiu Lopes.