A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) assinaram um protocolo de intenções pioneiro no Brasil.
O objetivo é estudar e apontar caminhos para acelerar o crescimento da fruticultura na Bahia.
A região Norte é um grande polo desse segmento, com foco em uva e manga, e a Bahia é responsável por produzir 31% das frutas frescas de todo o país, movimentando mais de R$ 2 bilhões por ano com apenas essas duas culturas.
No mesmo dia, a Seagri, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) assinaram um convênio para implantar um sistema de monitoramento e técnicas de controle de moscas-das-frutas.
O objetivo é identificar as perdas de produtividade causadas pelas moscas e promover a redução dos ataques em frutos hospedeiros nos pomares, atendendo a fruticultores da região do Vale do São Francisco.
Segundo Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas, a mosca-das-frutas é o principal problema fitossanitário da fruticultura brasileira e o convênio viabilizará o controle e monitoramento por parte dos pequenos produtores, trazendo benefícios para a cadeia.
Além disso, o secretário Wallison Tum e o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, também assinaram um protocolo de ações para implantar a Zona de Proteção Fitossanitária compartilhada pelos estados da Bahia e de Pernambuco, na região do Vale do São Francisco.
Isso é o primeiro desdobramento de um convênio de cooperação firmado entre os dois estados em 2022.
Bahia e Pernambuco passam a construir um plano que tem como objetivo a criação e manutenção da Zona Comum de Proteção Sanitária, que visa a implementação de ações de monitoramento e controle fitossanitário de pragas, por meio de atividades de extensão e pesquisa no âmbito da agricultura, contemplando municípios do Vale do São Francisco.
Paulo Luz, diretor-geral da Adab, destaca a importância de unir todos os elos da cadeia produtiva para garantir a qualidade e a rentabilidade do produto, especialmente em relação à defesa fitossanitária da região, que é rigorosamente observada pelos mercados internacionais.